sábado, 2 de outubro de 2010

Confesso que eu não era assim.

Confesso que tempos atrás,
eu pensava da mesma forma.
Tudo estava tão distante de mim,
e mesmo quando eu tinha tudo em minhas mãos,
ainda me faltava algo.
Hoje o que me faltava está aqui,
e o que tinha ao meu alcance,
está cada vez mais distante.
Minhas mãos estão vazias,
e meus cacos estão espalhados pelo chão.
Tenho medo de abaixar minha cabeça,
e receber outra pancada,
que me despedace ainda mais por aí.
Então fique de olho em mim,
enquanto eu junto meus pedaços.
Ajude a me colar novamente.
E meu coração,
será sua recompensa.

Confesso que tempos atrás,
eu não pensaria assim.
O que é meu,
ninguém toca.
Então me recolho do chão,
monto-me sozinho,
e reconstruo a minha vida.
Assim não devo nada à ninguém,
Meu coração continua sem dono,
e as pancadas que vierem,
só servirão para calejar a minha carne.

Hoje estou mais frágil querida,
Preciso de cuidados,
e preciso cuidar de mim,
pra não perder minha vida pelo caminho.

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